terça-feira, 28 de outubro de 2008

Palavras mortas

visto um terno cor de tempo.
as vezes me confundo do que não me lembro,
se é da cor ou se é do tempo, e, se visto
mesmo um terno ou sudário, cor de tempo também,
porem, levemente outonizado, uma farsa válida
que tem meu corpo magro e cinza como habitante eterno,
pois esta morto. está vestido de tempo nublado,
de dia que chove, de dias que chovem e chovem, sim,
só porque chove, como agora que está morto,
como esta nublado e vai chover, está morto com aval
para apodrecer e, vai feder.
sou um forte cheiro de morte consumada,
numa noite chuvosa de outono sou o cheiro
de um corpo morto e desabitado...

visto um terno cor de tempo.

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