sábado, 5 de janeiro de 2008

O lamento das coisas mortas

lágrimas no jardim da noite,
lágrimas no jardim do quarto.
o quarto vomita uma grande fúria em cima de mim sempre que nos encontramos. uma rosa negra da palma da mão do quarto eu colho toda vez que os meus olhos se expressam de uma forma límpida, liquida e sincera.
lágrimas no jardim da noite,
lágrimas no jardim do quarto.
paredes e mentes, emoção e razão brincam de roleta russa entre um desespero e outro, a loucura me procura e oferece ajuda "indoor", há um código de barras em minha liberdade, sou livre como é livre os meus vícios, minhas necessidades, a possibilidade de voar...
lágrimas no jardim da noite,
lágrimas no jardim do quarto.
como o pensamento que voa livre ao acesso de um mundo sem cabeças;

e uma cabeça que vive a não se importar com todo o pensamento que seja ou que possa se amotinar; é o poeta sem sucesso (d)escrevendo tudo em versos a fragrância do penar, a janela aberta, o quarto, o luar e a dor. tudo exposto à prosas. uma triste poesia chamada o lamento das coisas mortas.

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