Quando muito da filosofia fala pouco,
a trivialidade das crônicas idiotas,
que são todas, me namora. Quando
pouco dessa filosofia me fascina,
eu sou o Deus Homem tratando todas
as divindades como escória.
Já fui mordomo de deus no reino
dos céus e o que presenciava por lá
é certo que nunca pena alguma
conseguirá pôr em versos num papel.
Deus é déspota hoje desde antes a sua
estúpida criação cair por Terra,
Jesus é cruz, é refeição para a miséria,
é a gula da fome, é matéria etérea,
carne da minha carne, é bactéria das
minhas bactérias.
Já fui devoto de paixões arrebatadoras,
de vícios destruidores e libertários,
já andei por entre canalhas e senhores
déspotas, fui mendigo de ilusões pelas
calçadas da vida, minha marquise favorita
as estrelas e a lua asceta em si mesma.
Certa vez observei a morte pela fechadura,
estava a se banhar numa banheira dourada
talhada de outros metais e de indestrutíveis
pedras duras, nua, a morte me fez exitado e,
despercebido, fui pego pela vida me
masturbando pelo que via, em gozo pude ver
a vida se retirando triste sentindo-se traída.
O tato da minha
intuição deu a mão
à palmatória quando
desconfiou que nunca
em insight algum
conseguiria supor
aquilo que se passa
agora, que se passara
ou passaria.
Já fui o antes de outrora,
o depois do futuro, de mais
longe ainda e o passado de agora.
Já sublinhei no calendário
do tempo o meu último dia
e o meu último dia é de toda a
madrugada fria a chegada da aurora.
Fui poeta muitas vezes,
todas as vezes que me
faltou a gloria, minha
honra, a escrita, é a razão
pela qual a poesia tanto
chora. A tristeza em
versos quando lida pela
felicidade da vida se faz
muito mais triste ainda,
e por onde quer que a
pena risque traz amargas
impressões das ilusões da
vida afora:
Um dia em
dada noite
não me
encontrei
e então
sozinho
fui embora,
depois de
algum tempo
quando lá
voltei, me
vi me
esperando
angustiado
numa ágora
vazia e,
ao me ver
chegar,
nós dois
em suicídio
fomos para
casa,
voltamos para
o antes e em
tempo de não
chegar partimos
em
pressa tardia.
Viver breve como se
por toda a eternidade
não existisse a vida.
a trivialidade das crônicas idiotas,
que são todas, me namora. Quando
pouco dessa filosofia me fascina,
eu sou o Deus Homem tratando todas
as divindades como escória.
Já fui mordomo de deus no reino
dos céus e o que presenciava por lá
é certo que nunca pena alguma
conseguirá pôr em versos num papel.
Deus é déspota hoje desde antes a sua
estúpida criação cair por Terra,
Jesus é cruz, é refeição para a miséria,
é a gula da fome, é matéria etérea,
carne da minha carne, é bactéria das
minhas bactérias.
Já fui devoto de paixões arrebatadoras,
de vícios destruidores e libertários,
já andei por entre canalhas e senhores
déspotas, fui mendigo de ilusões pelas
calçadas da vida, minha marquise favorita
as estrelas e a lua asceta em si mesma.
Certa vez observei a morte pela fechadura,
estava a se banhar numa banheira dourada
talhada de outros metais e de indestrutíveis
pedras duras, nua, a morte me fez exitado e,
despercebido, fui pego pela vida me
masturbando pelo que via, em gozo pude ver
a vida se retirando triste sentindo-se traída.
O tato da minha
intuição deu a mão
à palmatória quando
desconfiou que nunca
em insight algum
conseguiria supor
aquilo que se passa
agora, que se passara
ou passaria.
Já fui o antes de outrora,
o depois do futuro, de mais
longe ainda e o passado de agora.
Já sublinhei no calendário
do tempo o meu último dia
e o meu último dia é de toda a
madrugada fria a chegada da aurora.
Fui poeta muitas vezes,
todas as vezes que me
faltou a gloria, minha
honra, a escrita, é a razão
pela qual a poesia tanto
chora. A tristeza em
versos quando lida pela
felicidade da vida se faz
muito mais triste ainda,
e por onde quer que a
pena risque traz amargas
impressões das ilusões da
vida afora:
Um dia em
dada noite
não me
encontrei
e então
sozinho
fui embora,
depois de
algum tempo
quando lá
voltei, me
vi me
esperando
angustiado
numa ágora
vazia e,
ao me ver
chegar,
nós dois
em suicídio
fomos para
casa,
voltamos para
o antes e em
tempo de não
chegar partimos
em
pressa tardia.
Viver breve como se
por toda a eternidade
não existisse a vida.
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