vou embora contando os passos(me perco dentro de um limitado
e infinito espaço) penso em voltar mas finjo estar apressado(ignoro o relógio e
repenso-será que volto?)junto minhas coisas e espero, penso inquieto sobre o
certo(acerto o relógio e desperto)
a poesia da janela voltou, me trouxe você olhando a lua e,
pedindo desculpas sobre algo que a mesma pálida lua nunca se importou.
a lembrança me trouxe você em um sonho desses que, sonhei. e
aí me vi ti olhando admirado num passado tão recente quanto um sonho passado
que, sonhei!
a janela aberta sempre à espera, aflita me avisa com uma
vontade besta de fumar um cigarro, me queimo então aceso na fenda aberta da
parede, sinais de fumaça vão com o vento, o cigarro se convence de incertezas,
e agoniza já em brasas, na janela da ideia perdida da egocêntrica certeza.
me perco dentro de um limitado e infinito espaço(vou embora
contando os passos)acerto o relógio e desperto(junto minhas coisas e espero,
penso inquieto sobre o certo)ignoro o relógio e repenso-será que volto?(penso
em voltar mas finjo estar apressado).
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