Ah pai, como me sinto pobre!
como me vejo longe de qualquer sorte.
Do que me adianta uma alma nobre,
se meu coração esnobe, negro,
denso e covarde, arde e entoa
palpitações e características de um vil lord?
Sincero como uma respiração,
vou na melodia do batuque do mesmo coração
que é o groove da canção, a trilha sonora
que outrora tocava, não como marcha fúnebre,
mas como senhora da emoção, o som
agora vive apenas no peito da minha doce ilusão.
Ah doce ilusão, quem andas amando?
não mereço o apreço que me dedicas
com o mais profundo desprezo do
teu coração, meu esconderijo que
não mais habito, desde que disseste não
às minhas súplicas de apaixonado solidão.