lembro que expliquei pra você que a minha culpa não é culpa,
na verdade não passa de uma certeza muda que sinceramente você já sabia. você
não me entende e eu entendo isso, pois o meu manual eu já queimei há tempos, já
soltei na fumaça toda a minha vontade, toda a minha hipocrisia, a vontade de
usar e a culpa depois, mas tudo bem, pois minha culpa na verdade não passa
certeza muda que, sinceridade, você sempre soube. peguei pra mim todo o
controle possível, quero me controlar um pouco, quero assumir pra mim que não
estou errado, quero aceitar essa liberdade, essa ideia boa de viver a vontade
louca de sentir que, todas as coisas em geral, tudo que está ao meu redor e,
que de certa forma me influencia, está indo embora, está sumindo e eu estou
ficando, estou indo embora também. estou eufórico, com sono, sinto uma coragem
imensa, tudo é possível e nada é problema, porém tenho um grande medo, medo que
descubram que tornei-me uma pessoa hipócrita, pois lembro que expliquei pra
você que a minha culpa na verdade não passa de uma certeza muda e que,
sinceramente, você não sabe nada sobre porra nenhuma, de mim todos só sabem o
que precisam(me sinto as vezes um vampiro com carrapatos) e você com certeza
exata e precisa só sabe o meu nome, mas tudo bem pois a sua culpa é meu álibi,
que também já se foi com a fumaça. a minha arte no escuro. o orgulho da minha
parte, a minha simples e singela colaboração, a minha palavra vai como meu voto
de adoração, fiz estátuas de fumaça, vi verdades em metáforas, enigmáticas
mentiras, mas meu declínio também tem euforia, minha cabeça louca e gosto de alumínio
na boca, psicodelia. talvez tudo isso seja culpa minha, pois minha culpa na
verdade não passa certeza muda e, absolutamente, no final de tudo, sempre
ficamos surpresos e viciados. foda-se.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
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