junta-se a mim uma grande soma de certezas inúteis como toda
exatidão é. mescla-se a mim e usurpa-me uma grande quantidade de indiferenças
que diferem direto do que sinto. sobressai a mim todas as outras crenças que
sempre com respeito eu desprezei. traio o amigo, roubo um sorriso da garota do
inimigo, me declaro autêntico e me situo no cinismo pleno. nas blasfêmias do
que penso ponho os sonhos na ferida, sangro junto com a hemofílica poesia,
profetizo minhas desculpas no caso de não entender o uso dessas estúpidas
linhas...rompo a promessa de não mais poeta ser, poeta sou de poemas híbridos
que esperam incansavelmente perpetuar essa linhagem pura, então faço poesia na
ânsia vazia de apenas escrever, pensar e dizer loucuras.
junta-se a mim uma grande ânsia vazia de apenas escrever
loucuras, exatas de certezas inúteis como toda loucura é. mescla-se a mim uma
grande linhagem de poemas híbridos puros, que diferem das indiferenças do que
sinto. sobressai a mim a promessa de não mais poeta ser, rompo essa crença, e,
respeito o desprezo de que poeta sou, profetizo a traição ao amigo, minhas
desculpas no sorriso da garota do inimigo, me declaro autêntico nessas
estúpidas linhas plenas de cinismo. nas blasfêmias do que penso com a hemofílica
poesia, sangro junto com os sonhos postos na ferida para fecundar e gerar mais
e mais feridas. sonhos rubros da cortante e inquieta poesia.
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