como queria não mais me render a essa compulsiva ideia de
sempre poemas pra ti escrever. mas como lutar, como censurar esse poeta
apaixonado que me abrigas? esse desejo involuntário que brota em meu coração já
em cinzas e que sempre bate na direção da responsabilidade de nunca deixar de
ti amar. minha dor envolta em eufemismos, minhas palavras sempre claramente
apaixonadas entorpecidas em sentimentalismos, partem da mesma premissa, é o
preludio que uso como álibi, é o que tenho feito incansavelmente na delirante
vontade que meu amor por ti nunca acabe. difícil entender esse impasse, pensar
em ti ou fingir não pensar em ti, me enganar e fingir aceitar, ou aceitar e
fingir que não me engano, sendo que qualquer plano me leva a ti? ah! criatura
admirável, dama que tem a cura para o pranto da minha alma, mulher que no frio
de outono é o sol da minha aurora, que nas noites escuras de sextas estranhas é
a lua límpida e despida que me leva sempre às nossas doces lembranças, momentos
felizes que outrora eternizamos, procure entender o que parte desse eu-poético,
não peço que aceite mas, saiba que por mais que soe patético esse involuntário
ato, faço poesia para engrandecer o que me ensinastes, e agradeço a ti o fato
de hoje sofrer por um dia ter tanto amado. mesmo perdido e solitário ainda
tenho forças pra imortalizar aqui esse amor por ti escorraçado, se minha
essência é a poesia que escrevo, você é o contexto dos mais bonitos enredos
que, fazem dessa compulsiva ideia, meu habitat, meu lar soturno, meu mundo paranoico
habitado por mim e pela lembrança tema, que, sempre me ajuda como pauta para
meus melancólicos poemas.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
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