a noite acaba
o dia nasce
eu durmo.
a vida se mata
a morte se corta
eu sumo.
a lua se cora
a pálida cólera
o espelho soturno.
a garota da foto
o papel de parede
da memoria in-foco.
a bebida ainda
me diz que ainda
estou sóbrio ainda.
o amor rompido
seu corpo atenta
à minha libido.
a poesia prosaica
palavras intactas
quase arcaicas.
nas cabeças de uns
lirismo aceito
lugar comum.
no resto “aqueles todos"
é humilhada, lodo
escarrada- loucos!
entendo vou embora
escrevo minha hora
morro e sumo.
a noite desperta
o dia emudece
eu fujo.
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