um tapa no destino só pra me sentir um pouco mais vivo.
às vezes me sacrifico e depois respiro melhor.
o destino é meu amigo e por isso me deixa sofrer,
levanto caindo e consigo força suficiente para tirar
a pedra do caminho que o mesmo amigo destino coloca.
um beijo na angústia e na boca trago a língua envernizada na
saliva
envenenada que a mesma angústia me cospe na cara todos os
dias.
angustia, tia malvada. a madrasta que matou a mãe para foder
com o pai.
devora-me lentamente e me serve de banquete para o tédio,
depois da digestão viro fezes e
às vezes me sinto bem sendo algo já descartado,
rejeitado, evacuado.
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