Esperança a primeira que me mata,
a última que se move.
Esperança é utopia:
aquele olhar do olho que falta em
qualquer ciclope que busca sempre
outra fisionomia.
Esperança é Deus!
E o Deus da esperança é sempre
uma novidade tardia.
Esperança é dura vida eterna,
é duma espera áspera a árdua
esperança que se enrodilha numa
oratória de serpente que venera
a peçonha de outrem:
veneno que mata lentamente
quando ingerido com pressa.
Esperança peremptória?
Espera tamanha como algo fugaz,
mas que jamais acaba antes do
fim da vida que leva, para buscar...
É como quando a
insônia dormir.
Para ter o que se
busca da esperança
é preciso fugir.
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