tag:blogger.com,1999:blog-31112848096410904052024-03-29T00:29:49.497-03:00PAZANARQUIA POESIASpoesia punkpazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.comBlogger1331125tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-80663728323602637002024-03-28T18:20:00.000-03:002024-03-28T18:20:50.705-03:00Preciosíssimo SanguePoeta com sangue nas mãos,<div>poema com sangue pingando </div><div> [dos versos,</div><div>a pena com a verve de alma lavada</div><div> [de sangue,</div><div>poesia escrita com sangue a sangue</div><div>frio sobre o corpo ainda quente</div><div>da métrica sanguessuga recém </div><div>assassinada por essa poética de</div><div>sangue ruim, porém, da mesma </div><div>linhagem revolucionária de Cristo. </div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-62971480117177704302024-03-26T16:46:00.002-03:002024-03-26T16:46:27.690-03:00Altissonante <div style="text-align: left;">Silhueta única do silêncio </div><div style="text-align: left;">é minha voz...</div><div style="text-align: left;">e os contornos dessa minha </div><div style="text-align: left;">quietude, </div><div style="text-align: left;">revelados porque me calo,</div><div style="text-align: left;">são para aludir que arranco </div><div style="text-align: left;">minha língua fora para não </div><div style="text-align: left;">correr o risco de repetir</div><div style="text-align: left;">o que todos falam.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-15121098858729596112024-03-25T20:10:00.000-03:002024-03-25T20:10:13.786-03:00Rock EstarAo redor de mim<div>revolta da ribalta</div><div>sombria enquanto</div><div>eu à revelia</div><div>das luzes, ignoro-a,</div><div>e o vazio agora</div><div>completo a multidão</div><div>que aplaudia pegou</div><div>para si essa vontade</div><div>imensa de</div><div><i>i n s i g n i f i c â n c i a</i></div><div>como forma de ser</div><div>e existir.</div><div>Eu definitivamente,</div><div>à massa, desisto de</div><div>pertencer, e até me</div><div>mataria se fosse</div><div>obrigado a me</div><div>parecer com quem</div><div>quer que seja.</div><div>Eu prefiro ser uma </div><div>rocha.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-88053776805260091602024-03-23T21:54:00.002-03:002024-03-23T21:54:30.722-03:00Guarda Compartilhada A solidão <div>entre nós </div><div>dois não </div><div>sabe para</div><div>onde ir.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-29480401524584709352024-03-22T21:46:00.000-03:002024-03-22T21:46:46.638-03:00Princípios de PoesiaTentei puxar um poema novo<div>pelo fio do pensamento e me</div><div>veio à ideia princípios de poesia</div><div>do tipo lâminas de navalhas.</div><div>Lírica de fio afiadíssimo que me</div><div>decepou os dedos agarrados à</div><div>pena, depois rolou pescoço </div><div>abaixo a minha cabeça e, com a</div><div>queda sobre a mesa, minha cabeça </div><div>caída ficou a fitar os versos escritos </div><div>com os olhos abertos, escancarados,</div><div>e um olhar terrivelmente macabro </div><div>assustou a Poética que por sua vez</div><div>ficou traumatizada por se ver nos</div><div>olhos pétreos que revelavam <i>Ela</i> </div><div>para <i>Ela</i> mesma. Viu-se o que era</div><div>e o que era viu de onde veio.</div><div>Enlouqueceu e libertou-se para</div><div>ir assassinar todos os versos que</div><div>àqueles dedos tortos decepados</div><div>ousaram um dia escrever.</div><div><i>Ela</i> matava a si mesma a cada</div><div>assassinato, e a cada verso que</div><div>caía morto poema adentro, <i>Ela</i></div><div>cada vez mais deixava de ser</div><div>Poética e passava a ser a</div><div>personificação do escritor sem</div><div>cabeça de dedos dilacerados.</div><div>Se transformou em seu Deus criador,</div><div>o mesmo poeta que ela assassinara.</div><div><br /></div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-15610533255680475182024-03-22T15:59:00.000-03:002024-03-22T15:59:54.596-03:00CulpaImpensável<div>o tamanho</div><div>do peso...</div><div>do</div><div> P</div><div> E</div><div> S</div><div> O</div><div>do inconsciente</div><div>de uma </div><div>c o n s c i ê n c i a</div><div>P E S A D A.</div><div><br /></div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-824145381131831002024-03-21T20:26:00.000-03:002024-03-21T20:26:02.994-03:00Estilo NoirNada completa o infinito e eu temo<div>o desnecessário. Jamais entenderei</div><div>o sentido de uma vida estéril, </div><div>e às vezes penso em nunca ter</div><div>existido em outras épocas, lembro</div><div>de coisas assim e acho que isso já </div><div>aconteceu. </div><div>Não sou suficientemente pouco para</div><div>uma vida eterna e o meu destino </div><div>parece não ter desenvolvido o tato</div><div>necessário para descrever o meu</div><div>caminho em um relato manuscrito </div><div>pormenorizadamente bem detalhado </div><div>e sincero:</div><div>Minha existência, páginas em preto e</div><div>branco para escrever e colorir, </div><div>e completar...</div><div>Acredito e muito em desencarnação </div><div>pós vida e em uma morte terna e viva.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-1078189752809812482024-03-20T14:13:00.001-03:002024-03-20T14:13:54.483-03:00Subproduto Abraço a nado o mar se este<div>me oferecer suas águas,</div><div>como águia de aço desbravo </div><div>o Céu profundo a rasantes</div><div>por sobre as nuvens,</div><div>do mesmo modo,</div><div>sob elas eu conquisto todo</div><div>pedaço de terra mapeado ou</div><div>não, conquisto devastando </div><div>tudo e matando todos.</div><div>Eu arraso eu destruo</div><div>absolutamente tudo:</div><div>Eu Sou a Humanidade, </div><div>Eu Sou um Homem,</div><div>o mais pérfido Animal,</div><div>o mais atroz, o maior algoz, </div><div>o Maior o Maior,</div><div>o destruidor, a destruição...</div><div>Do mais profundo oceano ao</div><div>espaço sideral, eu contamino</div><div>tudo, porque eu posso, porque</div><div>eu quero, porque eu devo fazer,</div><div>porque isso é progresso,</div><div>porque esse é meu planeta,</div><div>porque eu sou filho de Deus,</div><div>sou a mais perfeita criação de</div><div>Deus, criador único de tudo,</div><div>e eu sou Deus, Deus perfeito,</div><div>a perfeição em imagem e </div><div>semelhança. </div><div>Eu sou um subproduto de Deus.</div><div>Eu matei Jesus Cristo!</div><div>Eu matei Jesus Cristo, pior que </div><div>isso, eu o fiz sofrer, sangrar,</div><div>porque eu quis, porque eu posso.</div><div><br /></div><div><br /></div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-1170561846926019222024-03-19T21:50:00.001-03:002024-03-19T21:50:38.494-03:00Cena CemSem cena zen <div>sem fingir tranquilidade </div><div>sem falsa calma,</div><div>minh'alma violenta em</div><div>meu corpo explosão:</div><div>um atentado <i>consigo</i>.</div><div>De partida</div><div>ruptura</div><div>daqui fuga</div><div>ida pro além. </div><div>Se desço ou subo?</div><div>Eu morro</div><div>eu mato, eu...</div><div>Noventa e nove vezes</div><div>antes, quase ou não,</div><div>desta vez sim.</div><div>Sem remorso</div><div>sem culpa:</div><div>eu pulo me jogo me lanço,</div><div>sei lá, </div><div>atiro-me. Eu disse,</div><div>sempre disse,</div><div>um compromisso <i>comigo</i>,</div><div>vida e morte juntos </div><div>em primeira pessoa, </div><div>jamais a última, porém...</div><div>Que seja.</div><div>Chega!</div><div>Basta!</div><div>Não quero mais </div><div>Não mais</div><div>Nunca mais.</div><div>Agora vai agora vai</div><div>Agora foi agora foi.</div><div>Fui!</div><div>Adeus.</div><div><br /></div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-39694497293756678252024-03-18T20:53:00.000-03:002024-03-18T20:53:28.104-03:00Futuro Mais que Perfeito O melhor presente<div>que posso dar para</div><div>meu futuro é um</div><div>passado glorioso.</div><div>Amanhã meu hoje</div><div>será ontem,</div><div>por isso é sempre</div><div>antes de ontem</div><div>que busco fazer</div><div>sempre o meu </div><div>melhor.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-19774189279546893522024-03-18T19:11:00.000-03:002024-03-18T19:11:46.608-03:00Fuga da Eterna MesmicePara mim nada,<div>senão tudo para</div><div>todos. Eu quero</div><div>ser um vencedor </div><div>junto dos meus.</div><div><br /></div><div>Se Deus é contrário ao o que penso</div><div>e sei, jamais poderei ser partidário</div><div>dele, deste o que quero é a inexistência </div><div>nos mesmos moldes do que nos diz</div><div>as escrituras a respeito da vida eterna.</div><div>Do mesmo modo, se sou eu o contrário </div><div>do que parte de Deus, como pode Deus</div><div>ter por mim alguma boa consideração?</div><div><i>Nós anulamo-nos...</i></div><div><br /></div><div>Assim como todos que padecem</div><div>de sede e fome, e cansaço, </div><div>que existem em miséria extrema, </div><div>e na pobreza toda a sua geração </div><div>passada e futura viveram e viverão,</div><div>eu sei que para Deus nós também </div><div>não existimos.</div><div><br /></div><div>Se a ira de Deus é o meu fim,</div><div>que assim seja, mas que o meu</div><div>fim jamais seja o mesmo fim</div><div>melancólico desse Deus que</div><div>brutalmente fracassou.</div><div><br /></div><div>Diz o vento,</div><div>que sopra por onde minha verve </div><div>ardeu e ainda arde,</div><div>que todo o pensamento do poeta</div><div>é para a sua pena,</div><div>contudo nunca se satisfaz a</div><div>sua poesia,</div><div>e liberta os olhos um tal</div><div>silêncio, pois em silêncio o</div><div>olhar rebelde releu,</div><div>e ainda lê, </div><div>versos retorcidos que os dedos</div><div>tortos desse poeta torceu.</div><div><br /></div><div>Fé cega jamais! Nunca mais.</div><div>Melhor desacreditar buscando,</div><div>do que crer cegamente de joelhos.</div><div>Este presente que sob o Sol quente</div><div>se perdeu, faz sombrio o futuro</div><div>nestes tempos de passados perdidos,</div><div>passados a limpo doravante sempre,</div><div>sempre se repetindo como gagueira </div><div>de quem tem medo da própria voz, </div><div>uma vez que o que se fala,</div><div>ou o que se deveria dizer,</div><div>é para a libertação não só</div><div>de si, mas principalmente </div><div>dos seus.</div><div><br /></div><div>Luto pelos meus, porém, </div><div>não quero a mesma sorte</div><div>deles desde que eles</div><div>desistiram de lutar.</div><div>Luto Eu.</div><div><br /></div><div>Como pode a guerra não ser minha</div><div>se é a minha paz que por culpa dela</div><div>se perdeu?</div><div>Ser uma fera ferida que <i>acertadamente</i> </div><div>morrerá em campo de batalha </div><div>certamente vale mais do que estar</div><div>vivo e protegido e viver a beijar os</div><div>pés daqueles que te pisam.</div><div><br /></div><div>Com muita sorte e resiliência </div><div>tudo dependerá do imponderável, </div><div>amanhã de manhã ou à tarde,</div><div>embora eu prefira a noite,</div><div>a madrugada. Quem disse que é</div><div>agradável aos olhos ver o Sol,</div><div>de certo quer lhe cegar. </div><div><br /></div><div>O que eu quero ainda não tem nome</div><div>e nem mesmo o horizonte que de mim</div><div>corre é capaz de avistar. </div><div>Faço por mim mesmo e reinvento </div><div>toda invenção, e se meu tempo é</div><div>agora, é daqui pro que virá,</div><div>isto repetido a cada dia,</div><div>que meu passado fará valer o futuro </div><div>que não perde por esperar.</div><div><br /></div><div>Mesmo que Eu tenha que viver</div><div>a correr atrás do vento.</div><div><br /></div><div><br /></div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-61594505123662576452024-03-17T01:29:00.001-03:002024-03-17T08:44:46.484-03:00Olhos Fechados Vende-se<div>vertigens </div><div>para quem</div><div>quiser se</div><div><strike>vendar</strike></div><div>vender.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-5221473490605029442024-03-17T01:26:00.000-03:002024-03-17T01:26:35.908-03:00SuperlativoEu sou eu e nunca fui nada<div>demais. Fui comedido para</div><div>passar despercebido pelos</div><div>outros eus qu'eu não queria</div><div>chamar atenção, e chamei a</div><div>minha atenção quando quis</div><div>parecer com aqueloutro eu</div><div>que sempre quis atenção. </div><div>Eu nunca quis aparecer, e</div><div>durante o tempo em que </div><div>estive sumido eu assumi a</div><div>minha <i>persona virtude</i> mais</div><div>relevante, a de não ser só </div><div>eu o tempo todo. Por muito</div><div>tempo eu precisei não ser,</div><div>deixar de ser eu para </div><div>desaparecer e voltar a</div><div>aparecer, a parecer mais</div><div>comigo, parecer mais comigo</div><div>mesmo eu não sendo mais</div><div>nada daquilo que jamais fui.</div><div>Hoje Eu não passo de mim</div><div>mesmo.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-28436274897750336212024-03-14T21:49:00.000-03:002024-03-14T21:49:40.636-03:00Alegorias AleatóriasEu não nasci em Jacarta, <div>não fui alfabetizado em francês, </div><div>não sei pensar em outra língua </div><div>senão a minha, </div><div>se eu fosse uma lagarta seria</div><div>só até às quinze e cinquenta e</div><div>nove, depois das dezesseis, seria</div><div>uma borboleta que faz rimas e</div><div>que voa sobre as crisálidas </div><div>abandonadas destruídas pela </div><div>guerra entre um</div><div>velho calendário e seu dissidente </div><div>mês. </div><div>O mundo acabou, </div><div>a vida não mais germina,</div><div>e o mês de Abril sofre até Maio</div><div>com violentas manifestações de</div><div>seus gloriosos dias.</div><div>Até hoje...</div><div><br /></div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-48565249204065354432024-03-12T21:48:00.000-03:002024-03-12T21:48:24.487-03:00Bela VidaAo vivo <div>em carne viva</div><div>e quente o sangue</div><div>à sangue frio e a</div><div>queima roupa,</div><div>a nudez salta aos</div><div>olhos daquela que</div><div>espia:</div><div>a Vida pura banha-se</div><div>suavemente despida,</div><div>linda...</div><div>e masturba-se com a</div><div>foice ceifadora de</div><div>existências, e goza e</div><div>goza o gozo com</div><div>euforia,</div><div>depois parte pra cima</div><div>e mata, mata com tesão</div><div>a morte voyeur a Bela Vida.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-81900172150109367282024-03-12T18:16:00.001-03:002024-03-12T18:16:16.676-03:00Nenhum Tempo Muito<div style="text-align: left;">Arte Ausente ar distante,</div><div style="text-align: left;">tempo muito, sem fim</div><div style="text-align: left;">i n s u f i c i e n t e...</div><div style="text-align: left;">e ainda assim a eternidade toda,</div><div style="text-align: left;">quase toda ela um desperdício de</div><div style="text-align: left;">tempo:</div><div style="text-align: left;">Quem está além do tempo além </div><div style="text-align: left;">de deus, Deus artista de um tempo</div><div style="text-align: left;">nenhum muito aquém de mim?</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Ninguém! e Deus algum tampouco. </div><p><br /></p>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-8293930650611035142024-03-10T10:57:00.002-03:002024-03-10T10:57:51.325-03:00Morre-se ao meio-dia Ensombrece o passo tardo<div>lentamente o sol por sobre</div><div>viadutos por sobre a minha</div><div>existência.</div><div>Ando torto, quase ébrio, mas</div><div>sobriamente caminho rumo</div><div>ao futuro de minha vida.</div><div>A morte, é claro. E se paro</div><div>para tentar desviar o caminho,</div><div>a nova direção que tomo me</div><div>leva para a mesma sorte</div><div>como se me fosse um atalho</div><div>para meu triste destino.</div><div>Eu não quero morrer do</div><div>mesmo modo que ousei viver,</div><div>e tentei, sim tentei, por quase</div><div>quarenta e tantos anos</div><div>eu quis ingenuamente viver,</div><div>porém, se não vivi só de</div><div>dissabores, foi porque em</div><div>alguns momentos me permiti</div><div>fingir satisfação e felicidade,</div><div>contudo, a tristeza e a</div><div>insatisfação com o mundo</div><div>foi sempre toda a minha</div><div>sinceridade.</div><div>Agora saio das sombras e</div><div>percebo o sol, ilumina-me,</div><div>ilumina-me as ideias e ao</div><div>olhar para cima para vê-lo,</div><div>vem-me a idéia final.</div><div>Subo até a pista que corre</div><div>por sobre o viaduto e paro</div><div>para olhar lá para baixo</div><div>onde estava a viver os meus</div><div>últimos instantes de vida,</div><div>lentos e longos momentos</div><div>de aflição.</div><div>Me lanço, me jogo lá de </div><div>cima e meu corpo magro</div><div>produz um ruído seco e</div><div>silencioso ao se arrebentar</div><div>no chão.</div><div>Minha morte passa despercebida</div><div>assim como foi nessa existência</div><div>torta toda a minha desgraçada</div><div>vida.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-23007834188023355542024-03-09T16:35:00.003-03:002024-03-10T05:23:53.241-03:00A vida (não) é boa SimO corpo sangra<div>Os olhos choram</div><div>A boca cala e</div><div>Os pés cansam.</div><div>As mãos não alcançam e</div><div>As pernas pesam</div><div>O coração para e</div><div>Quando bate é em arritmia. </div><div>A cabeça não pensa e</div><div>Quando pensa é esquizofrenia. </div><div>A alma é do Diabo e</div><div>A namorada é do melhor amigo. </div><div>Minha amante as drogas e</div><div>Minha religião a poesia.</div><div><i><br /></i></div><div><i>A madrugada acaba, a vida passa e</i></div><div><i>e enquanto se morre um pouco a</i></div><div><i>cada hora:</i></div><div><i>o Sol brilha forte lá fora ou</i></div><div><i>a Chuva cai e os pássaros cantam,</i></div><div><i>as Árvores e plantas florescem, </i></div><div><i>frutificam,</i></div><div><i>os Animais multiplicam-se e parecem</i></div><div><i>viver felizes...</i></div><div><br /></div><div>Eu acordo de mau humor,</div><div>me deparo com uma existência </div><div>medíocre e dou um tiro na cabeça. </div><div>Mato aquele pensamento que queria</div><div>me matar. Quando desperto feliz,</div><div>logo vem Deus ou Jesus, sei lá, </div><div>me foder. São tantos demônios e</div><div>deuses e filhos da luz e bastardos </div><div>que na maioria das vezes são todos </div><div>mais do mesmo e a mesma coisa e</div><div>tanto faz, pouco me importa,</div><div>não fazem a menor diferença. </div><div>Eu só quero na próxima existência </div><div>ser uma Sequoia Gigante ou uma</div><div>Araucária pinheiro-do-paraná. </div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-13232157898178295632024-03-07T17:47:00.000-03:002024-03-07T17:47:16.731-03:00Arrebatamento Meu amor é minha vingança <div>e todo o ódio que sinto por tudo</div><div>é minha revanche, entende?</div><div>Amar o próximo. </div><div>Minha redenção a destruição </div><div>completa de Deus pelas mãos </div><div>dos Homens, </div><div>e minha glória é ver a </div><div>humanidade toda em chamas...</div><div>ardendo no fogo das próprias </div><div>paixões. </div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-43033113362881190452024-03-05T18:21:00.000-03:002024-03-05T18:21:06.972-03:00Trash Icônico Para Deuses mímicos. <div><br /></div><div><i>Entrance...</i>sem tranca,</div><div>em transe em transa.</div><div>Todo acesso é porta de</div><div>saída para poetas ul'-</div><div>trágicos, </div><div>em trajes atípicos de</div><div>como sempre quase</div><div>sempre desnudar </div><div>episódios tragicômicos, porém, </div><div>sem graça e sem rima,</div><div>e como sempre me convém, </div><div>sem métrica.</div><div>Tragédia Poética. </div><div><br /></div><div>Desmistificar a nudez</div><div>descomunal desde verbos</div><div>minimalistas até estes</div><div>grandiloquentes versos </div><div>irráciveis e verborrágicos</div><div>também. Dizem tanto e</div><div>falam nada, e tipificados </div><div>assim, </div><div> jazem já ou desde</div><div> já desejam morrer,</div><div> como um déjà vu</div><div> para quem já </div><div> desejou a morte.</div><div><br /></div><div>Eu desenho a morte e o</div><div>design dos versos que a</div><div>caracterizam se assemelha </div><div>ao cenho de vidas que</div><div>definham em felicidade </div><div>mórbida. </div><div><br /></div><div>Típica Vida que Poetas Levam.</div><div><br /></div><div>Eu não levo a vida assim</div><div>mas também desejo fazer</div><div>versos.</div><div><br /></div><div>O gestual dos palhaços me aborrece.</div><div><br /></div><div>Minha Mãe jamais quis que eu </div><div>fosse um pároco, um religioso, </div><div>ou um grande orador. </div><div>E o diabo de um Poeta é o que </div><div>me tornei convencendo minha</div><div>alma a jamais se calar diante do</div><div>circo de horrores que deveras é</div><div>um céu católico.</div><div><br /></div><div>Desejo o Céu Outra Vez.</div><div><i><br /></i></div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-4766695122803865112024-03-02T21:13:00.000-03:002024-03-02T21:13:11.223-03:00PentagramaImpossível fazer poesia.<div><br /></div><div>Que fira o brio da</div><div>ferida e tire dos seus</div><div>olhos o brilho </div><div>psicopata do olhar de</div><div>uma fratricida facínora:</div><div><br /></div><div> Orgulhosa da vida</div><div> que leva, vida que</div><div> a leva a tirar vidas,</div><div><br /></div><div>pelo prazer de ferir e</div><div>matar.</div><div>Ah! Métrica Maldita!</div><div>Que minha Poética</div><div>Redentora seja tua</div><div>última e única saída,</div><div>que a partir dela você </div><div>não caiba mais em</div><div>nenhum Verso que</div><div>queira existir livre</div><div>em toda e qualquer </div><div>Poesia que versa sobre</div><div><i>liberdade de escolha da escrita</i></div><div>e de toda prosa poética.</div><div><br /></div><div> Tu és da Poesia a mais</div><div> terrível dor crônica:</div><div><br /></div><div>Tua face</div><div>em farsa</div><div> [quase,</div><div>um disfarçe</div><div>em festa, e</div><div>falseia a</div><div>beleza das</div><div>formas disformes,</div><div> [assimétricas,</div><div>assimilando assim</div><div>em performance </div><div> [errática</div><div>um perfeccionismo </div><div>cada vez mais</div><div>atrofiador de</div><div> [intrínsecas</div><div>inspirações proféticas.</div><div><br /></div><div>E toda profecia deve</div><div>ser de cada vez mais</div><div>Poesia cada vez mais</div><div>livre e torta e <i>fora-da-</i></div><div><i>lei </i>da cartilha de como</div><div>fazer rimas com</div><div>quadrados e retângulos</div><div>com réguas e estéticas.</div><div><br /></div><div>Eu entrelaço triângulos. </div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-75461325016733797672024-03-02T06:34:00.000-03:002024-03-02T06:34:39.045-03:00Alusão Audácia sempre foi minha<div>palavra favorita. Audácia </div><div>minha característica inventada</div><div>preferida desde muito cedo.</div><div>A palavra sempre foi minha</div><div>perdição, <i>eu criança audaz</i></div><div><i>não sem deuses</i>. </div><div>Hoje já mais audaz desde então, </div><div>eu poeta maior cada vez mais </div><div>sem deuses, os poucos que </div><div>ainda me apego aos poucos </div><div>vão-se fazendo demônios à</div><div>minha audácia e relevância...</div><div>assemelhamo-nos à carapuça </div><div>que vestem reis.</div><div><br /></div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-43757487745399944472024-03-01T19:02:00.000-03:002024-03-01T19:02:35.472-03:00Foda-cêA poesia é responsabilidade<div>de quem lê,</div><div>o poeta nem sugere,</div><div>nem dá a ideia,</div><div>o poeta imagina a</div><div>possibilidade e o leitor</div><div>interpreta.</div><div><br /></div><div>Pule!</div><div><br /></div><div>poesia é o </div><div>que quer que</div><div>seja o que</div><div>quer que seja</div><div>o que quer que</div><div>seja,</div><div>mas será sempre</div><div>responsabilidade de quem lê</div><div>e jamais do idiota que</div><div>escreveu. Tampouco do prédio.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-66891650220680536262024-02-24T19:31:00.001-03:002024-02-24T23:27:32.482-03:00Heartbreaker SoupCom meus punhos cerrados<div>minha cabeça empunha impulsos</div><div>violentos em pensamentos que</div><div>pedem a queda do universo,</div><div>do universo todo e a ascensão do</div><div>sub-solo, desde o círculo mais</div><div>profundo do inferno até a</div><div>superfície do solo que meus pés</div><div>tocam com passos rápidos e raros,</div><div>e de extrema violência minha</div><div>caminhada urge o grito</div><div>oriundo do mais profundo silêncio:</div><div><br /></div><div>Como vulcão que cospe lava</div><div>eu cuspo em deuses e</div><div>também na outra face</div><div>escarro na cara do cara</div><div>que desce da cruz e</div><div>concorda comigo que nenhum</div><div>Cristo sendo Jesus ou não</div><div>merece ser crucificado.</div><div><br /></div><div>A queda em aquarela do céu,</div><div>mais ainda, a queda do dossel</div><div>do céu pintada em aquarela</div><div>exposta em vitrine viva na verve</div><div>das veias que trazem meu sangue</div><div>vermelho de raiva com ferro nas</div><div>mãos pronto para a batalha.</div><div>E épica, épica será nossa história</div><div>quando em um futuro próximo</div><div>distante de ser utópico sublinharem</div><div>no calendário o dia em que</div><div>deixamos de ser aspirantes a</div><div>Deuses e nos tornarmos de</div><div>novo animais gloriosos.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3111284809641090405.post-16801119923810440482024-02-23T15:38:00.001-03:002024-02-23T15:38:30.660-03:00ConfidencialQuem foi que disse que não seria assim,<div>que disse que seria fácil, quem foi que</div><div>disse que haveria propósito antes do ou </div><div>até o fim?</div><div>Toda mentira, toda proposta, toda esperança...</div><div>Todas a mesma rapsódia, história mal</div><div>contada, a mesma prosa hedionda,</div><div>a mesma análise estapafúrdia sobre</div><div>você feita pela crença e o desespero. </div><div>Ninguém nunca jamais disse que a vida</div><div>é boa, não é, nunca foste, o problema </div><div>é que muitos alguns pensam ouvir o</div><div>silêncio. O silêncio nada disse, pelo menos </div><div>não desde a criação de Deus pelo Homem, </div><div>e no último sussurro ele disse, imperativo:</div><div>Faça em tua imagem e semelhança, </div><div>faça em tua homenagem. </div><div>Já fui melhor, hoje sou só ruim,</div><div>disse-lhe em segredo o Homem.</div>pazanarquiahttp://www.blogger.com/profile/12958177462117236810noreply@blogger.com0