segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Mudo, Pensativo e Quieto

O silêncio que me observa é primitivo,
os olhos de Deus, o murmúrio do
invisível em silvos que os mesmos
olhos em piscadelas destilam.
O silêncio das cavernas,
de um tempo em que Deus não existia,
sinto-o agora a me espreitar,
sonda-me, como dito antes,
como antes do tempo,
o nascimento do tempo já estava ele
a presenciar.

Mudo, pensativo e quieto.

O silêncio é propenso a sempre
diante de todo grande acontecimento
se calar (manifesta-se).
É covarde, diria alguns, eu, sem
pretensão alguma digo que é sábio.
Assim como Deus, pergunta-me
os mesmos, não, sábio, não covarde,
covarde ignora, sábio observa.

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