quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Soneto

Uma garoa fina ainda é chuva,
versos sem métrica são poesia.
Uma virgem acariciada ainda é pura,
minhas emoções disciplinadas são rebeldia.

Uma noite enluarada ainda é escura,
cabeças cheias de novidades são vazias.
Um tímpano em ruídos ainda escuta,
revoluções após guerras são tardias.

Para muitos a vida é taça de cicuta,
sonhos, esperanças, paixões, alegrias...
é tudo artimanhas da mesma filha da puta.

As impressões que temos são subjetivas
acerca de tudo nessa ilusão maluca,
pesadelos para alguns, para outros maravilhas
                                                      [gratuitas.

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