domingo, 11 de setembro de 2016

O riso, sorriso, e o beijo

Riu de si mesmo, o riso,
quando viu-se desespero.
Logo, o sorriso, pelos
falsos testemunhos acometidos,
chorou, envergonhou-se do
seu crime, como o beijo
quando em nome de uma
delação saudou vilmente o
traído.
Ambos os três prometeram
nunca mais simular, fingir,
enganar, e desde então a vida
ficou mais sincera, triste e cinza.

A verdade chorou comovida,
não querendo os três magoar,
mas foi omissa e, diante de quem
quer que seja, chora ainda um
inverossímil penar.

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