domingo, 11 de setembro de 2016

Cemitério

Eu já morri pelo o que é certo,
algumas vezes.
Já renasci pelo errado,
meu deus, quantas vezes,
mas não como uma tola
fênix piromaníaca, e sim
como um torto poeta doente
que morre ao querer ter a
cura, sempre. E sempre quero.

Se pelo errado ou pelo certo,
não sei, mas morro e,
enquanto eu me velo,
renasço.
Então me ponho a fabricar
versos e até o final do poema
é certo que nele ficarão alguns
poetas sepultados.

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