quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Joaquim Maria

Quisera eu não a tua gloria,
cortejada em vida e feita
eterna, póstuma.

Quisera eu não o teu talento,
nato e único e digno
apenas de tua pena e dos

teus lamentos.

Quisera eu não ser como tu,
não sou apto a ser nada mais
que eu mesmo, nada mais que um.

Tu foste vários,
poeta, romancista, teatrólogo...
foste todos num.

Queria eu apenas dizer-te,
oh bruxo pouco e sábio assaz,
que em teus livros permita

Que meus olhos se deitem
para levantarem jamais.
Permita que seja deleite

a minha existência sobre tuas
páginas e que eu possa beber
das personagens que traz

todas as faltas e dádivas.

Queria que soubesse que és
meu único mestre, é o
horizonte que norteia minha

superfície vazia. sou grato por
tudo que teus versos me ensinaram,
me mostraram e inspiraram,

grande e eterno Joaquim Maria.

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