terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Absinto

Toma poeta, beba!
absinto goela abaixo
e eleva-te alma acima.
Absoluto foste um dia,
grandioso em teu futuro
imaginado, hoje do que
em tal tempo era,
nada resta,
nada és se prende teus pés
neste presente consumado.

Fuja, oh! iludido,
vá atrás do que é teu,
se pensas que pode ter
o céu, como podes ficar
aí a fazer versos res-do-chão?
Se saíste do último círculo,
esforça-te mais um pouco,
oh! ateu,
cerre teu punho, erga tuas mãos.

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