sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Dezesseis Primaveras

Oh virgem, diga-me,
quantos beijos cabem
em teus inviolados
lábios tácitos,
qual o sabor da
vertigem que causam
se tocados,
qual a natureza do labor
para poder prova-los,
diga-me menina,
o que preciso fazer
para poder ser o
primeiro e único à
degustar sua vagina?

Quantos pecados abriga
teu desejado sexo sacro?

Se és a saída para a vida
aqui fora, eu daria a minha
para poder tê-lo agora.

Oh virgem, tuas dezesseis primaveras
são compatíveis com os meus tantos
outonos idos, tua mocidade embeleza
os altares postos para Dionísio e, por
teu corpo, eu destronaria tal deus e do
Olimpo eu o lançaria ao precipício.

Por ti faria versos,
quebraria os protocolos
da existência, se me
pedisse, e seria assim
eterno, enganaria a morte
sempre que minha presença
ela solicitasse ao inferno.
Faria da Terra meu paraíso,
oh doce virgem, e contigo,
jovem donzela, seria rei nessas
vãs terras, e o deus do infinito
perto de nós seria menos que
uma ameba, eu o faria discípulo
de vos, se assim você quisera.

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