sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

soneto

em pauta em minha prece, teu corpo.
beber dos teus dezessete, teu gozo,
que, despe os prazeres terrestres e,
são poucos, que tal dádiva merecem.

ir ao paraíso provar o pecado,
em meu corpo teu corpo nele
impregnado...descemos juntos ao
mais baixo inferno, fazer inveja ao diabo.

e para pôr termo ao teu cio adolescente,
devoro a mulher que tens latente
dentro desse corpo ardente febril.

meu desejo uma vertigem, tua vontade
tão profana me faz amante da tua carne,
quiçá virgem, porem, absoluta soberana.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

poema do avião

ando abaixo do avião no ar,
a pés de altura. ando pensando
em voar, a pé, ao som dos
passos que o chão murmura e,
no compasso do andar sob o
céu, ao léu, olhando a lua...
vejo passando um avião, me
observando da altura em que
se encontra a imensidão que,
ao som do vôo, o céu murmura.


ácida verve do não

o que'u diria,
em mim as palavras em si.
por onde iria,
atrás de ter outra vez.
quem me daria,
o amor sem dó e talvez.
o que'u queria,
sem me perder outra vez,
eu plagiaria,
o que outrora já jaz.
melancolia,
vida em caos e sem mas.
só restaria
pálida lua sem paz.
em autarquia,
comigo apenas e só.
o que'u sentiria,
manipulando emoção
taquicardia
pusera em meu coração
silêncio azia
ácida verve do não.
eu mataria
quem te levou de antemão,
e só restaria
o fim e assim renascer,
eternizaria
tudo de bom e,
vou dizer,
o que'u faria,
uma canção pra você.