terça-feira, 25 de outubro de 2011

soneto

superlativo de homem é guerra,
à estuprar a natureza, a mãe violentada
que hemofílicamente sangra, numa incestuosidade
profana absoluta e unilateralmente sincera.

superlativo de homem é guerra,
maldito a se atualizar durante as eras,
duma beleza metálica, fria, bélica, a
condenada alma nata à destruição, no

corpo não traz um coração, tens no peito
uma medalha de honra a guerra à aviltar
o semelhante numa reciprocidade céga.

extinguir o amor que restou nesta Terra,
e em todas as outras terras,
a herança dos homens será a guerra.

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