quarta-feira, 29 de setembro de 2010

poema descartado

que bom que a vida me sorri,
depois de tanto não esquecer que
vi você partir, ti vejo ainda tão
linda, a mesma musa que um
dia eu à mereci. mas hoje não
aprecio o modo que deixa
existir, você só me olhou,
não me releu, posto que eu queira
ser um poema seu, se encarasse
minha alma iria perceber o quanto
ela brada por você,e esse é o valor
dela que tanto estimo. se houvesse me
relido compreenderia a maneira minha
de amar nas entrelinhas do meu estilo.
há amargura sobre mim e em toda a
extensão consumada do meu destino,
isso se deve ao fato de um dia
eu em ti ter existido, hoje escurraçado
vago por aí tropeçando em meu declínio,
sou vasto de um amor aborrecido
admitido em recusa por você
mais uma vez me expulsa de tentar ti
merecer. mendigo humilhado,
poeta ultrajado, um pobre diabo
apaixonado, que na intenção de
pertencer a você se transformou
em poema para habitar os seus
guardados, acabou como papel amassado
jogado à lixeira, descartado.

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