quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Volume dois

...volta a andar como um louco que
nunca deixou de ser no pensar, volta
a ser o que era e o que é, e, assim
como foi, volta a ser o que sempre será...

O que procura a vida em você, é o que
ela sempre teve e o que sempre terá, é
a mútua ideia de conviver, a ideia do
entardecer vivo, e ao anoitecer, não morrer,
mas se desprender da vida como quem pede
"sai fora" e viver a eternidade dentro
do risco de estar vivo numa noite louca e
perigosa, efêmera eternidade. A verdade
sobre isso é o dia que vem suave como
um tapa na cara, é você de novo, voltando
a andar como um louco que nunca deixou
de ser no pensar, volta a ser o que era e
o que é, e, assim como sempre foi volta
a ser o que sempre será.

...a droga da espiritualidade da espiritualidade
que vem com as drogas...

Já é hora de revolta, os pontos fracos
já não são mais fracos, muito menos pontos,
são visões psicodélicas que no auge de sua
contemplação é a sua face inexpressivamente
feliz e experiente, estragada e deprimente
em frente ao espelho, o mesmo usado como
base para aspirar a imagem dos microscópicos
pontos fracos. O que será que pensam, sobre
O que pensam os que ainda pensam?
O que tememos agora? Vai homem, cansado
do fardo de ir à luta, de continuar achando
que toda essa história é apenas algo bom
para gritar, escrever, já é hora de romper
e, mais do que preciso dizer, é gritar que
sempre é hora de revolta, de contestar revoltas
e de tentar achar algo novo dentro da droga
da espiritualidade da espiritualidade que
vem com as drogas.

...liberdade para usar, pra jogar, pra matar
liberdade pra viver o que querer o pensamento
do sujeito que conjuga o verbo amar...

Voa às faces de toda essa grande e pueril
massa de personagens, a impetuosa ventania
de subversivas emoções, de ideias cheias de
vontade de algo mais, pois acho que, longe
do descanso, penso que depois de tanto preciso
de muito mais. Sou a música que me escuta
sou, quem sou? vou na batida, no groove do
roquenrou que é a desculpa pra dizer pra vida
que sou o que sou, vou na mímica de mostrar
para mim que posso ser o que souber rimar
comigo no sentido de amar o inimigo, mesmo
que o mesmo seja o perigo de usar a liberdade
para se embriagar de vícios, de ter liberdade
de derrubar mitos, de verbalizar e entoar gritos
de rebeldia, versos de liberdade pra usar,
para jogar, para matar, liberdade para viver o que
querer o pensamento do sujeito que conjuga

o verbo amar.

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