segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Que

diga não aos versos.
diga sim as vozes e aos atos, e,
diga talvez ao resto de tudo que
indaga que o que sucumbiu era poesia,
pois se fosse, seria.

diga que não ouviu passos,
que ao acordar, não despertou pro dia.
que talvez o mesmo não percebeu
a redenção da noite que ilumina o
despertar de quem lhe permite
ouvir o que disse, pois se fosse dito,
diria.

diga que não se emocionou,
que não se comoveu, que não deixou
de ser cruel. diga que as crianças mentem
com a inocência de um idoso, diga que a
igreja é o cárcere de cristo, e,
que cristo não morreu, pois se estivesse
morto, morreria.

diga que não escreveu isso, que
não consome versos que viciam,
que libertam, diga que usa drogas,
mas não diga que elas o usam,
não diga oque caracteriza esse poema,
esse berro, esse grito, diga não aos versos,
diga sim as vozes e aos atos, e, diga
talvez ao resto de toda a poesia que
sugere que tudo sucumbiu, só pra podê
ser oque for, e, o que fosse, seria.

seria talvez a poesia?

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