segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Que

diga não aos versos.
diga sim as vozes e aos atos, e,
diga talvez ao resto de tudo que
indaga que o que sucumbiu era poesia,
pois se fosse, seria.

diga que não ouviu passos,
que ao acordar, não despertou pro dia.
que talvez o mesmo não percebeu
a redenção da noite que ilumina o
despertar de quem lhe permite
ouvir o que disse, pois se fosse dito,
diria.

diga que não se emocionou,
que não se comoveu, que não deixou
de ser cruel. diga que as crianças mentem
com a inocência de um idoso, diga que a
igreja é o cárcere de cristo, e,
que cristo não morreu, pois se estivesse
morto, morreria.

diga que não escreveu isso, que
não consome versos que viciam,
que libertam, diga que usa drogas,
mas não diga que elas o usam,
não diga oque caracteriza esse poema,
esse berro, esse grito, diga não aos versos,
diga sim as vozes e aos atos, e, diga
talvez ao resto de toda a poesia que
sugere que tudo sucumbiu, só pra podê
ser oque for, e, o que fosse, seria.

seria talvez a poesia?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Poesia essa

poesia adoecida, doída.
apodrecida e, inexorável.
a culpa que culpa o poeta
por ser dono das linhas
emancipadas, palavras
aprisionadas em sentidos, e
que sentido faz tudo isso!!?.
a que preço sofre esse poema
enfermo que, vem sem propósito
como o poeta que sonha em
logo ser póstumo. não há
créditos aqui, minha pena há tempos
procura por méritos, mas, o que
produz ao certo não é belo, ao certo
não diz nada, inexpressiva. mas à ela
me entrego, poesia essa, que vicia e,
sugere os meus penares como especialista, é
uma tribuna livre onde...

o silêncio ecoa a a...ressoa, vive.

Morra-me

aplausos enaltecidos que obedecem
o rigor de um insulto. ovacionam-me
os ultrajes que permitem os desastres
emocionais do meu ego, que, impresso em
minhas preces precárias, destinadas à todos
os outros eus que sucumbem incrédulos de
tanto acreditar que nada irá calar o lirismo
patético da dor que impregna o peito do
poeta simplório, que, esconde em suicídios
a aversão que tem pela versão dos outros

sobre seus modos esdrúxulos e introspectivos.