quarta-feira, 21 de maio de 2008

Em Suma (Insumo)

algo que cai- alguma coisa se move.
olho ao redor e só vejo o nada
se movendo calmo, como caldo quente
que escorre- morre? foge!
há estruturas ruindo- destruindo.
sempre o ruído do impacto de
algo e o chão, me lembra uma
criança caindo- me vejo então...
morre aqui o poeta de coração ruinoso.
-pois poeta é ser autêntico, novo.
morre aqui o poeta de coração ruinoso.
...me vejo beijando o avesso,
me escondendo em poemas, e, querendo
que os mesmos sejam meu único endereço.
rezo. peço que aqui:
-lugar onde jaz, jaez, e, há
de sempre feder, o poeta,
haja sempre razões para novas desgraças.
que o desejo que tenho em minha alma
conduza-me bravamente ao encontro
de diárias batalhas, e, que eu cuspa na face
dos canalhas- sempre que olhar o espelho.
procuro entender minha criança
e como custa entender que augusto estava
certo em dizer: "existe mágoa em sua essência".
palavras em ação, em suma:
-poesia pra mim soa intensa como

masturbação e estupro...culpa.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Poema de bolso

chego me corto. durmo.
chego me olho. sumo.
chego me drogo. acordo...volto.
chego me isolo. morro.
chego me curo. acordo.
chego e sumo. me olho.
chego. acordo...volto. me drogo.

chego me isolo. morro.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

é preciso romper sempre

impróprio para leitura.
dito isso, darei forma a poesia,
indo ao profano e corrompendo o erudito.
jogando com o diabo e amando os anjos.
pensei em uma frase bonita pra escrever agora, apenas pensei.
a aparência inócua dessas palavras preconizam o significado estereotipado das minhas poesias.
pensamentos aparecem como imagens em slides na minha cabeça, lembranças subliminares atarracadas na memória.
 -fotografia do fogo, fotografia de fogo.
é preciso romper sempre.
minha alma corsária empala meu destino, e o leva a se expressar pelas entrelinhas.
é preciso romper sempre...
é preciso visitar o passado e, deve ser conveniente estar embriagado, mesmo que não pareça “escarra nessa boca que ti beija” diz augusto,
mas não tenho o controle de mim perante o inimigo, e, sou sábio em afirmar que se fosse o contrario estaria mentindo.
gostaria de ser mais específico agora, apenas gostaria.
como escrever algo novo e, como escrever de novo?
minhas estúpidas intenções nessas palavras vazias que, flutuam dentro de um frívolo contexto, me remetem ao tempo de Samsa, vivo de sonhos intranquilos. traduzo esse desuso do meu uso imerso no caos da minha cólera em inquietos poemas.
consumo algumas drogas e tento não mais ser usado por elas,
apenas tento...
quebro o molde e desisto desse poema.

é preciso romper sempre.