quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

soneto

me estendo na superfície do seu corpo
e pretendo morrer ali, quero
descansar ali, no calor que
o teu corpo passa para o meu.

morro febril, ardentemente sucumbo aos teus
prazeres, deusa da carne, suplico-lhe, sacie minha
vontade de escravo, dê-me seu corpo que juro
por todo o sempre, sugar-lhe o liquido grosso.

nas blasfêmias do infinito, nas ruínas do erudito,
nos altares corrompidos, com os anjos da libido
tu me devoras e, serve-se toda no meu corpo estendido.

criatura que o molde o inexplicável fez, que o
poder que tens sobre todos é a força de um
corpo, e o eterno posto de mãe.

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