sábado, 5 de janeiro de 2008

Poesia da janela

vou embora contando os passos(me perco dentro de um limitado e infinito espaço) penso em voltar mas finjo estar apressado(ignoro o relógio e repenso-será que volto?)junto minhas coisas e espero, penso inquieto sobre o certo(acerto o relógio e desperto)

a poesia da janela voltou, me trouxe você olhando a lua e, pedindo desculpas sobre algo que a mesma pálida lua nunca se importou.
a lembrança me trouxe você em um sonho desses que, sonhei. e aí me vi ti olhando admirado num passado tão recente quanto um sonho passado que, sonhei!

a janela aberta sempre à espera, aflita me avisa com uma vontade besta de fumar um cigarro, me queimo então aceso na fenda aberta da parede, sinais de fumaça vão com o vento, o cigarro se convence de incertezas, e agoniza já em brasas, na janela da ideia perdida da egocêntrica certeza.


me perco dentro de um limitado e infinito espaço(vou embora contando os passos)acerto o relógio e desperto(junto minhas coisas e espero, penso inquieto sobre o certo)ignoro o relógio e repenso-será que volto?(penso em voltar mas finjo estar apressado).

Nenhum comentário: