domingo, 20 de janeiro de 2008

Ironia

o espelho vazio, a parede nua, o jardim repleto de estátuas suas, o meu violão sem cordas, o meu espaço totalmente ocupado pela sua falta, a nossa menor distância é uma linha torta e interminável. o que me consola é uma culpa descartável.

o jardim sem rosas, o museu virou lan-house, a nossa impossível possibilidade é um quadro exposto aos clichés mais espontâneos, frases feitas, palavras sem efeito. findar o encontro com desprezo, fazer da casualidade rotina, fugir dos outros sem receio, amar os outros por onde creio que nada, na verdade nada merece esse crime. o espelho nu, a parede vazia, o jardim repleto de estátuas suas, ironia.

Um comentário:

carrasco disse...

massa pra caramba velho tente reunir todas suas poesias e fassa um livro velho vc é 10