quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Eu, os outros e minha poesia

os outros me dominam. me fazem mau como quem tira o brinquedo de uma criança. a musica pop as vezes me emociona, o meu raciocínio é estável como é instável o meu controle emocional. são os outros, eles me dominam.

os outros me dominam. me influenciam, é como se o poder de persuasão fosse as drogas e a minha resistência fosse o vicio. a minha derrota é evidente, é morte à todos os amotinados é revolução de merda. são os outros, eles me torturam, me dominam, me tiram a palavra e depois tentam criar um diálogo.

os outros me dominam. me deixam livremente aprisionado numa camisa de força da moda, uma proposta, usar meu corpo de janela. é a globalização, os outros, o autoritarismo, os outros, o consumismo. os outros me doutrinam, me dão um deus que me castigará por viver, é dar o brinquedo para a criança e à proibir de brincar.

os outros me dominam. são os meus senhores, donos do poder. me viciam em dinheiro e depois escondem a droga de mim, as vezes me sinto como Abel negociando seu perdão à Caim. são os outros eles me derrubam e estendem a mão e, eu me apoio mais uma vez na mão do meu opressor.


os outros me dominam.me falam a verdade apenas para concluir uma frase, é a infidelidade da amizade, pois os outros não são amigos, não meus. são apenas pauta para minha poesia, faço com eles aqui o que eles fazem comigo lá fora, longe dessa histeria. são os outros, eles me dominam, me fascinam, me auxiliam em minha poesia.

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