domingo, 20 de janeiro de 2008

A cura

o riso na minha face, o sorriso em meus lábios é o enlace do desespero,
o escárnio cospe elogios como quem abraça o medo,
os dias são de aço e nada passa de mim mesmo,
sou o sarcasmo do espelho, a ilusão dos sonhos,
o pesadelo modelo da realidade,
a ausência do amor na essência da solidão,
sou o fantasma vivo, a noite sem lua,
meu coração sem espera a sua procura
vaga sozinho longe no espaço vazio que me abrigas,
a angustia que se oferece como mãe,
me da um beijo e se emociona com meus erros,
procuro não sair lúcido disso
pois espero com atraso o desejo da loucura,

a fuga, a cura...

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