sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

soneto 1º

da emoção do caos ao espanto da guerra
subitamente resgato o que outrora era belo.
minha arma - o sentimento- é o que trago para a fera
e da mesma emoção produzo o meu berro.

a liberdade da raça humana extingue sua espécie.
a beleza que o caos tempera é a destruição e
a harmonia barata é rara, pois sua falta ninguém esquece.
a guerra traz paz, pois silencia toda a multidão.

o soneto que escrevo é apenas poesia incerta,
e o propósito sem propósito não atinge meta.
como o homem que mata por direito de ser livre.

o caos que o espanto da guerra traz
é a minha poesia, minha arte sozinha sem mas.
são surdos zumbidos e palavras de grosso calibre.

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